Produção e processo produtivo

 1. Indica os ramos de actividade apresentados pelas Contas Nacionais portuguesas de acordo com a classificação de Colin Clark.

As contas nacionais portuguesas desdobram a produção nos seguintes ramos de actividade:

SECTOR PRIMÁRIO:

1. Agricultura, silvicultura e pesca
2. Indústrias extractivas


SECTOR SECUNDÁRIO:

3. Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 
4. Indústria têxtil, do vestuário, do couro e dos produtos de couro 
5. Indústria da madeira, pasta, papel e cartão e seus artigos e impressão
6. Fabricação de coque e de produtos petrolíferos refinados 
7. Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas e artificiais 
8. Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas
9. Fabricação de artigos de borracha, de matérias plásticas e de outros produtos minerais não metálicos
10. Indústrias metalúrgicas de base e fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos
11. Fabricação de equipamentos informáticos, equipamentos para comunicação, produtos electrónicos e ópticos
12. Fabricação de equipamento eléctrico
13. Fabricação de máquinas e equipamentos, n.e.
14. Fabricação de material de transporte
15. Indústrias transformadoras, n. e.; reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos
16. Produção e distribuição de electricidade, gás, vapor e ar frio
17. Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
18. Construção


SECTOR TERCIÁRIO:

19. Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
20. Transportes e armazenagem
21. Actividades de alojamento e restauração
22. Actividades de edição, gravação e programação de rádio e televisão
23. Telecomunicações
24. Consultoria, actividades relacionadas de programação informática e actividades dos serviços de informação
25. Actividades financeiras e de seguros
26. Actividades imobiliárias
27. Actividades jurídicas, de contabilidade, gestão, arquitectura, engenharia e actividades de ensaios e análises técnicas
28. Investigação científica e desenvolvimento
29. Outras actividades de consultoria, científicas e técnicas
30. Actividades administrativas e dos serviços de apoio
31. Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
32. Educação
33. Actividades de saúde humana
34. Actividades de apoio social
35. Actividades artísticas, de espectáculos e recreativas
36. Outras actividades de serviços
37. Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico. actividades de produção de bens e serviços pelas famílias para uso próprio
38. Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais



2. Aponta três ramos de actividade considerados:
a) indústrias ligeiras; 
Indústrias de alimentação, bebida e tabaco
Indústria têxtil, do vestuário, do couro e dos produtos de couro
Indústria da madeira, pasta, papel e cartão e seus artigos e impressão

b) indústrias pesadas;
Fabricação de equipamento eléctrico
Fabricação de máquinas e equipamentos
Indústrias metalúrgicas de base e fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos


c) indústrias modernas;
Fabricação de produtos químicos e fibras sintéticas e artificiais 
Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas
Fabricação de equipamentos informáticos, equipamentos para comunicação, produtos electrónicos e ópticos


d) indústrias tradicionais.
Indústrias metalúrgicas de base e fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos. 
Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco
Indústria têxtil, do vestuário, do couro e dos produtos de couro



3. Calcula a produtividade dos sectores I, II e III em 1995 e em 2009. Justifica a alteração da estrutura sectorial do emprego ao longo deste período, e refere o cenário mais plausível da sua evolução após 2009.

Em 1995:
produtividade do setor I = 5,5% : 11,5% ~~ 0,478
produtividade do setor II = 28,8% : 32,1% ~~ 0,897
produtividade do setor III = 65,6% : 56,4% ~~ 1,163

Em 2009:
produtividade do setor I = 2,3% : 11,2% ~~ 0,205
produtividade do setor II = 23,3% : 28,2% ~~ 0,826
produtividade do setor III = 74,4% : 60,6 ~~ 1,228

Com estes resultados, observamos que o setor terciário, ao longo dos anos, tem vindo a aumentar os seus valores de produtividade em relação aos setores secundário e primário. Sendo o setor terciário o mais produtivo, é aquele com melhores remunerações, logo com mais procura, e com mais pessoas a deslocarem-se para ele, abandonando os empregos nos outros setores. 
Em 1995, a produtividade do setor terciário era 2,4 vezes mais elevada do que nos setores secundários e primários, e em 2009, a produtividade deste setor continuou a subir, chegando 6 vezes mais elevada do que nos restantes setores. O que significa que após 2009, este valor vai continuar a subir, distanciando-se cada vez mais dos valores de produtividade dos setores secundários e primários.  



4. Constrói um gráfico ilustrativo da questão 3. (PREVIEW) e comenta-o. (HELP)

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1stGyyORwPtUxAcI9Lolzcx1sg8KjqLW8_kFD2KTqawU/edit?usp=sharing

No gráfico conseguimos comparar a alteração da estrutura sectorial do emprego entre 1996 e 2008. Observamos que o único setor que aumenta é o setor terciário que tem vindo a subir devido à procura de melhores remunerações, ao contrário do setor secundário e primário que sofreram uma diminuição devido à preferência de emprego no setor terciário, procurando melhores remunerações.



5. Utilizando a Produtividade do trabalho por hora trabalhada (Euro) (no PORDATA) de 1995 a 2020, constrói no Excel e comenta um gráfico com os 5 países indicados, Portugal e 4 países contrastantes (2 mais pobres e 2 mais ricos).





Através do gráfico, conseguimos ver que desde 1995 até 2020, a França e a Suécia, países mais ricos, sempre foram criando cada vez mais riqueza por hora de trabalho, cerca de 30€ e 60, que comparativamente à Roménia e Polónia, países mais pobres, criaram menos riqueza por hora de trabalho, entre 0 e 25. Portugal tem valores aproximados aos países mais pobres, significando que há uma menor remuneração por hora de trabalho, e que o nosso país ainda não conseguiu acompanhar a riqueza por hora de trabalho dos países mais ricos.



Ana Sofia Lemos e Matilde Colaço
50/50


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